Rubens Menin: o bilionário oculto
Na edição de hoje: Castore: a marca esportiva que conquistou Andy Murray; como funciona a blindagem cambial e Rubens Menin: o bilionário oculto.
“Em toda a minha vida, nunca conheci pessoas sábias que não lessem o tempo todo — nenhuma, zero.” — Charlie Munger
⏩ Curiosidades da semana:
🥤 Muito além da Pepsi-Cola, a PepsiCo é uma empresa gigante de produção de alimentos nos EUA, produzindo um grande portfólio de produtos de alimentação como Lay's, Doritos, Gatorade, Quaker e Tropicana, entre outras.
👕 A Primark é um dos maiores nomes de “fast fashion” na Europa, competindo diretamente com marcas como H&M, Zara e C&A, mas com uma proposta de preços ainda mais baixos. Fundada na Irlanda em 1969 sob o nome Penneys (nome que ainda aparece nas 37 lojas da Irlanda), a empresa possui mais de 80 mil funcionários em 17 países.
🏆 Castore: a marca esportiva que conquistou Andy Murray
Ainda pouco difundida no mercado brasileiro, a Castore é uma marca britânica de roupas esportivas premium que vem ganhando destaque no cenário internacional. Fundada em 2015 pelos irmãos Tom e Phil Beahon, a empresa surgiu da frustração dos dois com a qualidade das roupas esportivas disponíveis no mercado.
Tom, ex-jogador de futebol, e Phil, ex-jogador de críquete, perceberam que havia uma lacuna para produtos de alta performance e decidiram criar uma marca que atendesse a essa demanda.
A empresa começou modestamente, com um empréstimo de £25.000 obtido por meio do refinanciamento da casa dos pais dos irmãos Beahon. Eles também contaram com o apoio do programa Start Up Foundership da Universidade de Newcastle, onde Phil se formou em Direito.
A estratégia inicial da Castore envolveu a distribuição direta de produtos para clubes e atletas, o que rapidamente gerou tração e levou a marca a alcançar £1 milhão em receita. Em 2019, a Castore firmou uma parceria significativa com o ex-tenista britânico Andy Murray, que não apenas se tornou embaixador da marca, mas também investidor. Essa colaboração resultou na linha AMC (Andy Murray Collection), consolidando a presença da Castore no mercado do tênis.
Posteriormente, a marca estabeleceu parcerias com diversas equipes esportivas de renome, incluindo clubes de futebol como Rangers, Newcastle United, Aston Villa e Sevilla FC, além de equipes de críquete e automobilismo, como a McLaren. Em um universo dominado por gigantes como Nike, Adidas e Puma, a Castore vem abrindo espaço nesse mercado altamente competitivo.
Apesar do crescimento rápido, a Castore enfrentou desafios, como críticas relacionadas à qualidade dos uniformes fornecidos ao Rangers FC. Ainda assim, a empresa continuou a expandir sua presença, abrindo lojas e firmando novos contratos de licenciamento, como o acordo exclusivo para distribuir produtos da marca Umbro no mercado europeu.
Hoje, a Castore é avaliada em cerca de £1 bilhão, e os irmãos Beahon figuram na lista dos mais ricos com menos de 40 anos do Sunday Times, com uma fortuna estimada em £334 milhões. Com uma abordagem centrada no desempenho e na excelência, a marca continua a conquistar atletas e consumidores que buscam o melhor em roupas esportivas.
💵 Como funciona a blindagem cambial?
Com as recentes oscilações do dólar frente ao real e a instabilidade econômica no Brasil, cresce o movimento de famílias e investidores em busca de segurança patrimonial fora do país. A estratégia de “blindagem cambial” por meio de investimentos atrelados ao dólar tem ganhado força — e os Estados Unidos se consolidam como o principal destino desse capital.
Mais do que proteção, investir nos EUA também representa acesso a um ecossistema econômico estável, seguro e rentável. Seja em ativos imobiliários, startups ou outros empreendimentos, muitos brasileiros estão transformando essa movimentação financeira em uma oportunidade de imigração definitiva.
Uma das alternativas mais buscadas é o visto EB-5, um programa que concede o Green Card a estrangeiros que investem a partir de US$ 800 mil em projetos que gerem empregos nos EUA. Além de garantir residência permanente para toda a família, o EB-5 permite preservar e internacionalizar o patrimônio em moeda forte, com benefícios de longo prazo para as próximas gerações.
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🏢 Rubens Menin: o bilionário oculto
Nascido em Belo Horizonte em 1956, Rubens Menin formou-se em Engenharia Civil pela UFMG, seguindo a tradição familiar. Em 1979, fundou a MRV focando em moradias populares quando o mercado preferia empreendimentos de alto padrão. Hoje, a MRV é a maior construtora da América Latina.
A MRV cresceu tijolo por tijolo, especialmente após o lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida” em 2009. Enquanto outras construtoras naufragaram, a MRV nadou de braçada, entregando mais de 300 mil habitações em 21 estados e no Distrito Federal.
Em 1994, Menin fundou o Banco Intermedium com o objetivo de fomentar operações de crédito imobiliário, contudo, a empresa acabou se consolidando nos mercados de crédito consignado e middle market. Em 2017, o banco evoluiu para o Banco Inter, um dos principais bancos digitais do Brasil, com valor de mercado de R$ 8,9 bilhões. Ele também expandiu seus negócios para o setor de logística com a Log Commercial Properties e para o mercado internacional com a AHS Residential nos Estados Unidos.
Não satisfeito, Menin entrou no mundo da comunicação, trazendo a CNN para o Brasil em 2019 e adquirindo a Rádio Itatiaia, uma das mais tradicionais de Minas Gerais. Ele também investiu na produção de vinhos em Portugal com a Menin Douro Estates.
Apaixonado pelo Atlético Mineiro, Menin é um dos principais investidores do clube, contribuindo significativamente para a construção da Arena MRV, o novo estádio do Galo. Sua dedicação ao clube vai além do patrocínio, onde se envolve ativamente na gestão do time.
Com uma fortuna estimada em US$ 1,8 bilhão em 2025 segundo a Forbes, Rubens Menin segue deixando a sua marca nos setores em que atua. Avesso aos holofotes, o empresário é classificado como um “bilionário oculto” devido a sua discrição e preferência em ficar de fora das listas e rankings de bilionários.
Seja construindo casas, bancos, estádios ou emissoras de televisão, o empresário segue expandindo fronteiras e deixando o seu legado no empreendedorismo brasileiro.
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