Google pisa no freio
Dona do Google reduzirá contratações, maior inflação em 41 anos nos EUA, Netflix e Microsoft fecham parceria, Ambev em alta.
“Em teoria não existe diferença entre a teoria e a prática, mas na prática existe.” — Yogi Berra
Google reduzirá contratações no 2º semestre devido a piora no cenário econômico
Até o Google. Na última terça-feira (12), a Alphabet, controladora do Google, anunciou que vai desacelerar o ritmo de contratações até o final do ano.
Em um memorando interno escrito pelo CEO da companhia, Sundar Pichai, ele afirmou que o Google não está imune aos ventos contrários da economia e que irá diminuir o passo das contratações no restante do ano.
Segundo Pichai, a empresa deverá priorizar apenas cargos de engenharia, técnicos, e outras funções críticas.
“Precisamos ser mais empreendedores, trabalhando com maior urgência, foco mais afiado e mais garra do que demonstramos em dias melhores”, escreveu Pichai. “Em alguns casos, isso significa consolidar onde os investimentos se sobrepõem e simplificar os processos.”
A gigante da tecnologia, que possui mais de 164 mil colaboradores, contratou 10 mil novos funcionários apenas no segundo trimestre deste ano.
A decisão do Google segue a tendência do setor de tecnologia, onde outras gigantes como Uber, Twitter e Netflix, também anunciaram recentemente cortes de vagas e redução de contratações.
No acumulado do ano, as ações da Alphabet registram queda de mais de 20%.
Inflação americana no maior nível desde 1981
Complicado. A inflação nos Estados Unidos subiu para 9,1% no acumulado de 12 meses, atingindo o maior nível desde 1981 segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor, divulgados ontem (13).
Na comparação com o mês de maio, a alta foi de 1,3%, superando a expectativa do mercado, que era de 1,1%.
Os principais fatores que influenciaram na alta da inflação foram os aumentos dos preços dos alimentos e dos combustíveis. Em junho, o preço médio do galão de gasolina atingiu US$ 5 pela primeira vez na história.
O resultado consolida expectativas de que o Federal Reserve aumente os juros em 0,75 ponto percentual no final deste mês.
Os Estados Unidos iniciaram o ciclo atual de elevação de juros em março, e desde então já foram realizadas três altas. A mais recente, de 0,75 ponto percentual, foi a maior desde 1994.
Netflix e Microsoft fecham parceria para novo plano com anúncios
A Netflix anunciou ontem (13) que escolheu a Microsoft para ser sua parceira de vendas e tecnologia de publicidade global no lançamento do seu novo plano de assinaturas com anúncios.
Após registrar uma queda no número de usuários pela primeira vez em uma década, quando perdeu mais de 200 mil usuários no primeiro trimestre desse ano, a gigante do streaming está correndo para reverter esse cenário, com o lançamento da assinatura com anúncios sendo uma das principais iniciativas tomadas pela companhia para tentar recuperar o crescimento.
A Netflix, cujas ações registram queda de mais de 70% em 2022, havia confirmado no mês passado que estava conversando com diversos players com o objetivo de entrar no mercado de anúncios. Agora a procura pelo parceiro chegou ao fim.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, publicou no seu twitter o comunicado da parceria entre as empresas.
Ações da Ambev sobem após recomendação de compra do JP Morgan
As ações da Ambev subiram mais de 5% no pregão de ontem (13) após o JP Morgan elevar o papel de neutral para overweight pela primeira vez desde 2018.
Segundo o banco, o alívio nos preços das commodities pode representar um ponto de virada para as margens da companhia em 2023.
Para o JP Morgan, o consumo de cerveja no segundo semestre será impulsionado por novos estímulos fiscais, o clima mais quente, a Copa do Mundo e as eleições.
No acumulado do ano, as ações da Ambev registram queda de 5%.
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Co-fundador do Twitter, Evan Willians, está deixando o cargo de CEO do Medium.
Curiosidades
Nióbio: a joia da coroa dos Moreira Salles
Você sabia que a família Moreira Salles, além de ser uma das principais acionistas do Itaú Unibanco, também é controladora da maior produtora de nióbio do mundo, a CBMM?
A companhia, que é controlada pelos Moreira Salles desde 1965, é responsável por 80% da produção mundial de nióbio, com exportações para mais de 50 países.
Em 2021, a empresa faturou R$ 11,4 bilhões e teve um lucro líquido de R$ 4,5 bilhões, o que representa uma margem líquida de 40%.
Em 2011, a família vendeu 30% de sua participação para um consórcio de siderúrgicas asiáticas por US$ 3,9 bilhões.
Uma máquina de dinheiro!
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